Cachorrinha vítima de maus-tratos em Gália encontra um novo lar cheio de amor

O fim de agosto foi marcado por um caso de maus-tratos em Gália (SP), que terminou com esperança. Uma cachorrinha resgatada pela ONG Spaddes, com apoio da Polícia Militar, foi retirada da casa de um idoso de 88 anos após denúncia de violência, inclusive com suspeita de abuso sexual.

A cadela, agora chamada Dara, passou por atendimento veterinário e foi acolhida pela professora Tânia Santos, que decidiu adotá-la assim que soube da história. “Comentaram que uma cachorra tinha sido abusada e estava com a ONG para adoção. Na hora, falei que ia adotá-la, porque senti que ela precisava de um lar e que a minha casa era o lugar certo”, contou.

Dara chegou à nova casa assustada, com medo de contato humano. “Ela tinha muito medo, até fez xixi quando peguei ela. Quando chegou, não quis descer da caminhonete; meu marido teve que tirá-la no colo. No jardim, se escondeu debaixo do carro e não queria sair, mesmo com comida. Ficou assim o primeiro dia todo”, relembrou Tânia.

Aos poucos, com carinho e paciência, a cachorrinha começa a dar sinais de confiança. “Ela só vinha para comer e voltava a se esconder. Hoje eu chamei ela e ela balançou o rabinho, mesmo que pouco. Sei que com o tempo ela vai se soltar”, disse.

O processo de adaptação também envolve a convivência com os outros cães da família — três pinschers: Maia, Amóra e Bartolomeu. “Meu marido deixou a Maia, que é filhote, brincar perto dela. No começo, cada uma ficou em um canto, mas depois a Maia foi cheirar a Dara. Amanhã vou apresentar outro, e assim vamos, cada um aos poucos, até ela se acostumar”.

Para Tânia, o caminho de Dara se parece com o de uma criança chegando a uma escola nova. “Quando a criança chega, fica quietinha, às vezes chora, precisa de tempo para se adaptar. Ela está assim agora, mas com carinho vai melhorar. Adotar muda a vida deles e a nossa também. Cachorro transforma, deixa a gente mais amoroso e dedicado”.

Hoje, a família celebra a chegada da nova integrante. “Agora sou mãe de quatro: três meninas e um menino. Só quero que ela fique bem. Ela precisa de muito amor, e tudo que pudermos dar, vamos dar. Agora ela tem uma família”, completou. (Fonte: G1)